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Aprenda com Van Gogh

Ele poderia ter sido um sucesso em vida, mas cometeu erros que podem nos servir para avaliar nossa postura profissional e não ter um fim trágico como o dele.

Vincent Van Gogh foi um artista holandês que viveu entre 1853 e 1890. Durante sua vida ele sofreu intensamente com a falta de reconhecimento e sucesso comercial com suas obras. Em vida ele vendeu apenas uma única pintura. Desgostoso, se matou aos 37 anos.

O que contribuiu para esse final trágico?

Van Gogh tinha uma visão muito elevada de sua arte e acreditava firmemente em sua importância e valor. No entanto, sua visão progressiva e avançada não era compartilhada pela maioria de seus contemporâneos, que não apreciavam sua abordagem experimental e intensa com as cores.

Além disso, sua personalidade excêntrica e comportamento errático tornaram difícil para ele estabelecer relacionamentos positivos e duradouros com os colegas artistas e o mercado de arte.

O artista não se submeteu ao mercado da arte de sua época, seguiu seu sonho e seu estilo próprio que contribuíram para seu triste final.

O que poderia ter sido mudado?

O que ele poderia ter feito para encontrar um equilíbrio entre seu individualismo artístico, necessidade de se sustentar com suas obras e um mercado que buscava outro estilo de arte?

Algumas ações que ele poderia ter tomado para encontrar um equilíbrio poderiam ser:

Adaptação: poderia ter considerado a adaptação de parte de sua produção artística ao gosto do público, sem sacrificar seu estilo individual. Isso o teria ajudado a encontrar um equilíbrio entre sua paixão e seu sustento financeiro.

Networking: Vincent poderia ter explorado mais a cena artística de sua época, fazendo conexões com outros artistas e galerias, a fim de expandir sua base de clientes e obter um maior reconhecimento.

Colaboração: considerar a parceria com outros artistas criando obras conjuntas que pudessem atrair mais interesse do público e do mercado.

Van Gogh nas empresas

Vamos avançar 150 anos até agora.  Será que muitos de nós não cometemos os mesmos erros de Van Gogh em nossas carreiras?

Em vários momentos de nossa jornada profissional enfrentamos falta de reconhecimento e incompreensão de nossas ideias. O que parece correto e óbvio para nós parece ser totalmente contrário ao que o mercado ou a empresa na qual colaboramos prática. 

Como resultado, sendo um empreendedor sofremos um fracasso empresarial e como colaborador com a desmotivação e congelamento de nossa evolução.  Sua visão pode ser a correta, mas o mercado é sempre mais poderoso e você só poderá se manter inabalável em seus pontos de vista e resistente à adaptação ao que é esperado se não depender financeiramente de nada. 

Se eu pudesse encontrar a mim mesmo, eu falaria o que deveria ter feito diferente

Frustrante não? Sim, porém, podemos tomar as recomendações dadas a Van Gogh para nós mesmos e mudar, para melhir, o final da história.

Manter uma posição radical como Van Gogh pode ser um risco para sua carreira e finanças já que os boletos precisam ser pagos ao final do mês.

É importante lembrar que, enquanto estamos construindo nossa carreira, precisamos equilibrar nossas necessidades financeiras com nossas paixões e sonhos.

Às vezes, é preciso fazer algo que não gostamos, mas essa experiência pode nos ajudar a crescer e evoluir.

Existem muitos profissionais de renome que tiveram que se submeter ao mercado e fazer algo que não gostavam no início da carreira para depois terem sucesso com suas ideias e seguir sua paixão. É o caso de muitos escritores, cineastas, músicos e outros profissionais que começaram a trabalhar em outros empregos para sustentar suas famílias e depois de algum tempo conseguiram se dedicar às suas verdadeiras paixões.

Você não precisa fazer o que faz hoje o resto de sua jornada profissional.

A realidade financeira e a paixão

 Fazer algo que não nos dá reconhecimento, mas paga as contas não significa que precisamos sacrificar nossa paixão, objetivos e integridade. Aqui estão algumas dicas para equilibrar esses dois aspectos:

Ganhe dinheiro com o que o mercado gosta e use-o naquilo que você realmente se realiza.

Faça algo que você sinta paixão. Quase sempre não é o nosso emprego que nos dá esse sentimento. Se for, você é um ser humano iluminado, mas caso não seja, não desanime.

Busque oportunidades com sua paixão: Se você é apaixonado por algo, pode haver maneiras de monetizar essa paixão e transformá-la em uma carreira sustentável. Por exemplo, se você é apaixonado por arte, pode considerar criar e vender suas próprias obras.

Se não for possível monetizar sua paixão de maneira sustentável, você ainda pode seguir seus sonhos ao lado de seu trabalho principal. Por exemplo, se você é apaixonado por escrita, pode escrever em seu tempo livre e buscar publicações em revistas ou blogs. Pode também desenvolver uma carreira paralela de instrutor de algo que você goste.

Eu vejo muitas pessoas com um emprego formal e que se dedicam aos seus canais de vídeo e podcasts como uma forma de praticar a paixão sem ter que deixar pagar os boletos.

 Enfim, não preciso dar exemplos, você sabe exatamente o que te apaixona.

Agora, se a sua carreira é a sua paixão, mas ela anda meio morna e incompreendida, não está hora de sacudir a poeira e buscar novos desafios?

Mudanças podem ocorrer com o amor ou com a dor. Infelizmente a maioria espera a dor para mudar.  Pode ser uma mudança de empresa mantendo seu cargo ou uma migração para outra área.

Aprenda a equilibrar sua paixão com suas responsabilidades financeiras: Isso significa encontrar maneiras de garantir que você possa ter segurança financeira enquanto ainda dedica tempo e energia às coisas que ama.

Mudanças são necessárias

Em resumo, é possível seguir seus sonhos e, simultaneamente, cuidar de suas responsabilidades, desde que você seja criativo, planejador e realista. A chave é encontrar o equilíbrio certo entre sua paixão e suas obrigações para poder ter uma vida plena e realizadora.

O importante é não fazer como Van Gogh!

Que as noites sejam estreladas para você. Aproveite a magia das estrelas para se inspirar em novos desafios e ajustes da sua vida profissional.

Uma entre as várias razões que me motivaram a escrever o meu livro Storytelling: Cativando com a narrativa foi a abundância de pessoas cruzaram a teia da minha vida em momentos de muita frustração. Eram profissionais competentes, mas enfraquecidos naquela cena pela qual passavam. Quando eu os incentiva a mudar, era frequente ouvir algo como “Mas o que eu posso contar sobre mim para mudar essa situação?”

Tudo, a sua história é incrível! É apenas como você se vê que esta te impedindo de mostrar sua força.  Nem sempre nós conseguimos ser autossuficientes para nos analisarmos e nos vender de forma verdadeira e como o mercado quer ver. 

Busque sempre ajuda. Você é o herói da sua história, mas sem a ajuda de um Frodo, Hans Solo ou Hermione eu conheço muitos heróis que não teriam ido longe.

Expanda seu conhecimento: Entenda a vida de Van Gogh

Video com legendas em português. 7 minutos

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