Todos nós já ouvimos essa pergunta quando éramos crianças e adolescentes. Nossas respostas quase sempre eram inspiradas pelo nosso entorno e acesso à informação que tínhamos. A resposta que você deu quando tinha 6 anos possivelmente era diferente daquela que deu quando tinha 12.
Você se tornou aquilo que respondeu? Adoraria saber suas respostas de criança e sua profissão atual. Eu vou contar as minhas. Aos oito anos tinha a firme convicção de que queria ser astronauta com uma pitada de cientista, obviamente impactado pelo pouso da humanidade na lua que tinha acabado de acontecer.
Já aos 12 ou 13, ser piloto de fórmula 1 era meu objetivo e com certeza motivado pelas conquistas do Emerson Fittipaldi.
Entre nosso sonho de criança e nossa realização profissional, fatores geográficos, financeiros, e socioculturais podem alterar completamente nossa jornada.
O vídeo que ilustra esse post criei para lembrar a todos, que dentro de nós ainda existe aquele personagem que sonhamos e é importante nos lembrarmos dele e refletir sobre nossas escolhas.
No meu caso, ser astronauta é o sonho que vive dentro de mim e que continua a alimentar minha imaginação e curiosidade.
Eu cheguei ao vestibular absolutamente convicto do que queria, me inscrevi nos vestibulares de Tecnologia da informação, tradutor-interprete, engenharia eletrônica, engenharia sanitária e Letras. Passei em quatro deles e depois de muito sofrer, decidi por TI que naquela época se chamava informática.
Iniciei minha carreira em TI e gradualmente fui desenvolvendo carreiras paralelas como professor de TI, que me levou a escrever livros sobre o tema e, de repente, me tornei escritor. Aos poucos meu passatempo que era fotografia foi sendo trazido para minha vida profissional e se incorporou nos meus livros e cursos. Virei jornalista escrevendo sobre tecnologia e em algum momento eu já não me identificava com um único título profissional. As constantes viagens para cobrir eventos de TI me motivaram a escrever sobre viagens e isso me levou a produzir e coapresentar um programa de viagens na TV e a produzir documentários sobre o tema.
Um dia, não faz muito tempo, me disseram. Ramalho você é um contador de histórias, um storyteller! Parei para pensar sobre aquilo e de tanto pensar acabei escrevendo o livro que deu origem a este site.
Não realizei meus sonhos de criança, não ganhei nenhum Grande Prêmio de F1 e nem tão pouco fui a lua, mas ganhei muitas corridas e desafios e viajei para universos que nunca havia imaginado. E o astronauta que habita dentro de mim, se despede do sonho que habita dentro de você. O que você queria ser quando crescesse?